quarta-feira, 16 de julho de 2008

Poesia

SONETO DO AMOR IMPRÓPRIO
(Humberto Ilha)

Quando um dia me fiz tão sem juízo
Ao querer-te de modo livre e aberto
Descobri o que estava descoberto.
Decidi que perdera o paraíso.

Confinados ficamos no amor,
Nossa vida virou um mar de prazer.
Se de nós só se ouvia algum rumor,
Nós, por nós, um eterno enlouquecer.

Mas nem sempre se perde com a verdade.
Ela mesma se expõe e em si revela
A grandeza do amor. Quando há humildade

Fica o par tão unido e então desvela
Um amor tão maior que acotovela
A quem queira se haver na improbidade.

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